Com o crescimento acelerado da mobilidade elétrica no Brasil, muitos moradores de condomínios começam a se perguntar como funciona o carregamento compartilhado de carros elétricos. Esse modelo, que se torna cada vez mais comum em edifícios residenciais e comerciais, levanta dúvidas sobre a instalação dos equipamentos, o rateio de custos e a gestão do consumo de energia. Neste guia completo, você vai entender os modelos de carregamento compartilhado, os aspectos legais envolvidos, como é feita a cobrança e como preparar seu condomínio para essa realidade.
O que é carregamento compartilhado? O carregamento compartilhado é uma solução onde um ou mais carregadores são instalados em áreas comuns do condomínio, como garagens coletivas, e ficam disponíveis para uso de vários condôminos que possuem veículos elétricos. Em vez de cada morador ter um carregador individual, o compartilhamento permite otimizar espaço e recursos.
Vantagens do carregamento compartilhado
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Redução de custos: instalações coletivas podem diluir os custos entre os usuários.
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Melhor aproveitamento de infraestrutura: evita múltiplas obras para instalações individuais.
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Acesso para visitantes e condôminos com uso eventual.
Modelos de gestão e pagamento
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Gestão pelo próprio condomínio: o condomínio compra e instala os carregadores, faz a gestão da fatura de energia e define um critério para cobrar os usuários (ex: por hora, por kWh ou taxa fixa).
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Gestão por empresa especializada: empresas como a âmbar-e instalam o carregador, monitoram o uso por aplicativo e cobram diretamente de cada usuário. O condomínio não precisa se envolver na cobrança.
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Locação do equipamento: alguns condomínios optam por alugar o carregador, com manutenção e gestão inclusas, pagando uma mensalidade fixa.
Aspectos legais: o que diz a lei?
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Segundo o Novo Marco Legal da Eletromobilidade (em discussão), condomínios não podem impedir a instalação de carregadores, desde que as normas de segurança sejam seguidas.
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A Lei do Condomínio (Lei 4.591/64) permite a aprovação por maioria simples para instalações em áreas comuns, desde que não prejudiquem os demais moradores.
Quem paga a conta? O rateio dos custos pode ser feito de diferentes formas:
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Medidor individual por carregador: o consumo de energia é medido por usuário e a cobrança é individual.
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Rateio proporcional ao uso: quem mais carrega, mais paga. Há sistemas com QR Code ou aplicativo que controlam esse acesso.
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Taxa fixa mensal: todos os usuários pagam uma taxa, independentemente do uso.
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Incluso no condomínio: pouco recomendado, pois moradores que não usam o serviço acabam pagando por ele.
Como preparar o condomínio
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Consulta ao síndico e assembleia: é necessária a aprovação da instalação, conforme regras da convenção condominial.
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Avaliação elétrica: um engenheiro eletricista deve avaliar a capacidade da rede.
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Escolha do modelo de carregador: depende da potência disponível e do perfil dos usuários.
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Definição do modelo de gestão: via condomínio, empresa terceira ou mista.
Dicas de boas práticas
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Utilize carregadores com controle de acesso e medição individual.
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Instale placas sinalizando o uso compartilhado e regras de permanência.
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Defina tempo máximo de ocupação para evitar uso indevido.
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Promova campanhas de conscientização com os moradores.
Tendências para 2025 e além
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Crescimento do uso de carregadores inteligentes com agendamento via app.
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Energia solar integrada para abastecer os carregadores.
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Expansão de linhas de crédito e incentivos fiscais para condomínios sustentáveis.
O carregamento compartilhado é uma solução inteligente e econômica para condomínios que buscam se adaptar à nova realidade da mobilidade elétrica. Com planejamento, clareza nas regras e o apoio de empresas especializadas, é possível implementar essa tecnologia de forma segura, eficiente e transparente.