O futuro é elétrico. Você já deve ter ouvido essa frase para argumentar que, em breve, o mercado automotivo será tomado pelos modelos eletrificados. E não é para menos: entre o primeiro trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, a venda de veículos elétricos no Brasil cresceu 614%.
Com muitos lançamentos recentes, uma grande batalha pelos melhores preços, popularização das estações de carregamento e muitas vantagens econômicas, chegou a hora da consolidação dos VEs no Brasil. Para que você não fique de fora desse futuro sustentável, preparamos um grande guia de tudo o que você precisa saber sobre os carros elétricos no Brasil.
Abordaremos os custos, as formas de recarga, o funcionamento dos veículos, os modelos mais baratos, os modelos mais vendidos, as diferenças entre os elétricos e os híbridos, a autonomia das baterias e muito mais.
Quanto custa um carro elétrico: desde a compra até a recarga
Com a batalha entre as montadoras para conquistar o público brasileiro, já se observa uma grande queda no valor dos veículos elétricos. Considerando dados de maio de 2024, já existem modelos sendo vendidos por menos de 100 mil reais.
Se você está pensando em investir em um VE, vale a pena adicionar ao seu planejamento um orçamento para aquisição de uma Wallbox. Caso você resida em uma casa, a possibilidade de instalar um carregador residencial traz várias vantagens, principalmente:
- Enorme economia em longo prazo, já que você não dependerá das tarifas cobradas nos eletropostos
- Praticidade de recarregar o carro enquanto dorme ou ajustar os horários de carregamento por meio de aplicativos
- Independência de não precisar de eletropostos.
O preço de carregar um veículo por meio de uma Wallbox depende do valor da energia elétrica em sua região.
Para calcular quanto você gastaria em uma recarga é simples: pegue a conta de luz e veja quanto você paga em cada kWh. Então, multiplique esse valor pela capacidade da bateria do veículo, também representada em kWh.
Então, quanto custa carregar um carro elétrico? Considerando São Paulo, a cidade com mais veículos elétricos do país, em que o preço do kWh é, em média, R$0,68, e um carro com uma bateria média de 60 kWh, o preço da recarga seria de R$44,20.
Também vale ressaltar que a simplicidade mecânica de um veículo elétrico acarreta em custos de manutenção bem mais baixos. Um modelo à combustão conta, em média, com 350 peças, enquanto um carro elétrico conta com cerca de 50.
Isso significa, na prática, menos coisas para dar dor de cabeça no motorista. Em números, representa uma economia de 30% em gastos com manutenção.
Principais vantagens dos carros elétricos no Brasil
A utilização de veículos elétricos traz uma série de vantagens em diferentes escalas.
Elas vão desde as mais objetivas e quantificáveis, como a economia financeira de recarregar um carro com energia elétrica e a redução nos gases poluentes, até as mais subjetivas e inexplicáveis por texto, como a sensação de dirigir um veículo elétrico.
A seguir, detalharemos um pouco mais as principais vantagens dos carros elétricos.
Redução na emissão de gases poluentes
O veículo elétrico em si não emite gases poluentes na atmosfera. Por isso, toda a emissão de gás carbônico associada a um VE está apenas no processo de produção do veículo.
Isso significa uma redução de, em média, 30% na emissão de CO2 na atmosfera, considerando todas as matrizes energéticas disponíveis mundialmente.
Porém, no caso do Brasil, a questão da sustentabilidade é ainda mais evidente, considerando que mais de 80% da energia elétrica gerada no país é proveniente de fontes renováveis, principalmente a matriz hídrica.
Um estudo realizado pela Volvo e divulgado no início de 2022 mostrou que, caso a energia que abastece um carro elétrico seja proveniente de fontes limpas (renováveis), ele alcança o que é chamado de “emissão zero” quando chega aos 48 mil quilômetros rodados.
Economia financeira
Saindo do contexto global de emergência climática e chegando ao contexto individual, a principal vantagem do carro elétrico é a economia financeira que ele gera.
A primeira economia que fica evidente é a no preço por quilômetro andado. Pegaremos como exemplo um dos modelos de carro elétrico mais vendidos do país, o BYD Yuan Plus. O motor dele é de 60,5 kWh e o veículo possui uma autonomia de 294 Km.
Considerando a variação no preço da energia no país, uma carga completa do modelo sairia entre R$35,87 em Santa Catarina e R$58,20 no Pará (respectivamente, a energia mais barata e a mais cara do Brasil).
Isso significa que cada quilômetro andado com o carro, em condições ideais, custe no máximo 20 centavos. Considerando os carros mais econômicos, que fazem cerca de 15 km por litro de gasolina na cidade, e o preço médio da gasolina de R$5,58 o litro, cada quilômetro rodado custaria 37 centavos.
Além disso, há uma economia pouco comentada: a manutenção do carro é muito mais simples pelo fato de o veículo elétrico apresentar menos componentes.
Sensação ao dirigir
Explicar a sensação de dirigir é algo muito subjetivo, mas há alguns fatores que explicam o fato de muitos motoristas relatarem que é “mais gostoso” dirigir um carro elétrico.
O principal deles é o torque. A resposta do carro ao toque no acelerador é muito mais rápida, o que transmite esse sentimento mais satisfatório.
Além disso, dirigir um carro elétrico também é uma tarefa mais fácil. A grande maioria dos modelos, tirando alguns modelos esportivos e bem mais caros, não tem câmbio de marchas. Isso significa que o motorista só precisará se preocupar com três funções: dirigir, dar ré e modo neutro.
Toda essa simplicidade mecânica também faz com que os carros elétricos sejam muito mais silenciosos do que os veículos convencionais movidos à combustão.
Segurança dos carros elétricos
Outra vantagem pouco difundida dos carros elétricos é que, em algumas situações, eles são muito mais seguros.
A bateria do carro deixa ele mais pesado e também interfere diretamente no centro de gravidade do veículo, dificultando muito um capotamento.
Essa estabilidade trazida pela alteração do centro de gravidade faz com que um carro elétrico se comporte de maneira totalmente diferente dos veículos à combustão no caso de colisões.
Além disso, obviamente, o fato de não funcionarem com um sistema de combustão também reduz drasticamente a chance de incêndios e explosões em um carro elétrico.
Como funciona um carro elétrico
Como já dissemos, o funcionamento de um carro elétrico é bem mais simples do que o de um carro à combustão. O principal fator para isso é o número de peças. O motor de um VE tem dois componentes essenciais: o rotor e o estator.
O rotor é a parte móvel do motor, normalmente composta por enrolamentos de fio ou imãs. Já o estator é fixo, e por meio dos enrolamentos de fio interage com o rotor e gera o movimento do veículo.
A bateria do carro armazena energia em forma de eletricidade. Então, quando as correntes elétricas passam pelos enrolamentos de fio, são criados campos magnéticos que geram o torque e movimentam o motor.
Quando o motor inicia o movimento, a unidade se conecta com uma transmissão ou com uma caixa de engrenagens. Deste momento em diante, o funcionamento é similar ao de um carro movido à combustão.
Esse sistema ajusta o torque e a velocidade antes que tudo seja transmitido como força para as rodas do veículo. Por isso, a maioria dos carros elétricos não conta com o sistema de câmbio de marchas, que exige que o motorista faça esse ajuste.
Para o carro ganhar velocidade, é só pisar no acelerador, já que a força que o carro exige para se movimentar está ligada à energia enviada pelo motor. Isso também ajuda a explicar a sensação diferenciada ao conduzir um veículo elétrico.
Quanto dura a bateria de um carro elétrico
A vida útil da bateria dos carros elétricos é um fator que deixa muitos motoristas pensativos em relação ao custo benefício de ter um VE.
Essa preocupação está relacionada não apenas ao gasto financeiro para a substituição das baterias, mas também com o impacto ambiental do descarte do componente.
Entretanto, já é de conhecimento de todos os envolvidos que uma bateria de um carro elétrico dura muito mais do que se pensava no início dessa tecnologia. É consenso que o componente tem uma vida útil de 15 a 20 anos.
Evidentemente, isso depende de muitos fatores, desde a quilometragem rodada com o veículo até as condições climáticas dos locais de uso, passando pelas práticas adequadas na hora do carregamento.
Trazendo tudo isso para a realidade, é importante citar um estudo feito pela Recurrent publicado em 2024. Foram analisados 15.000 veículos elétricos adquiridos desde 2011. Destes, apenas 1,5% necessitou de substituição de bateria, desconsiderando casos de recall.
Isso põe por água abaixo as previsões mais pessimistas que afirmaram que as baterias dos carros elétricos não durariam mais do que 8 anos.
Características dos carros elétricos: o que você precisa analisar antes de comprar um
O universo dos carros elétricos é cheio de medidas, especificações e características que fazem toda a diferença na hora de escolher um modelo. Se você já está familiarizado com esse mundo, já deve saber tudo o que falaremos nesta seção.
Mas, se for seu primeiro contato, passe a ficar atento a essas especificidades na hora de escolher um modelo.
O primeiro fator a analisar em um carro elétrico é a capacidade da bateria. O valor é sempre representado em kWh. Em suma, quanto maior a capacidade da bateria de um carro, maior a quantidade de quilômetros que ele fará com uma carga.
Também é importante observar a potência de carregamento suportada por um veículo, tanto para carga em corrente alternada (CA), como para carga em corrente contínua (CC).
Este valor é representado em kW. Ele é importante para saber calcular o tempo de carregamento de um veículo, e também essencial para escolher o carregador adequado.
Outra medida fundamental é a da potência da propulsão do motor do carro, representada em Cavalo-Vapor (cv). Relacionada a essa medida, está o torque do veículo, representado pela medida quilograma-força-metro (kgfm).
Carro elétrico x Carro híbrido: as diferenças
O universo dos veículos eletrificados conta com três categorias principais: os veículos elétricos (VE), os híbridos plug-in (VEHP) e os híbridos.
Os carros elétricos são carregados e movidos exclusivamente por meio da eletricidade armazenada na bateria dos veículos, como explicamos acima.
Já o carro híbrido conta com dois motores: um movido à combustão e um movido à eletricidade. Assim, é possível alternar o funcionamento dos dois mecanismos em busca de maior eficiência econômica e energética.
O híbrido convencional, ou seja, o híbrido não plug-in, não pode ser alimentado por fontes externas, o que significa que ele não pode ser carregado. Toda a energia elétrica armazenada dele é proveniente da frenagem regenerativa.
Em suma, a frenagem regenerativa é o sistema que permite que o veículo transforme a energia cinética proveniente dos freios do carro em energia elétrica. Isso também é chamado de kers, sigla para Kinetic Energy Recovery System.
Normalmente, o híbrido convencional utiliza o sistema elétrico enquanto está andando a até 30 quilômetros por hora. Conforme o carro avança em velocidade, o sistema à combustão é acionado.
Já o híbrido plug-in pode ser carregado também por fontes externas, assim como um veículo 100% elétrico. A tecnologia é uma resposta ao receio dos motoristas de carros elétricos de ficarem sem bateria durante um percurso.
O VEHP pode ser carregado em postos de carregamento ou em Wallboxes, e também abastecido em postos de combustíveis. Então, o carro utiliza a energia elétrica até que a carga acabe e, depois, entra no modo à combustão. O motorista também pode selecionar qual sistema quer utilizar.
A seguir, um resumo das principais diferenças entre os elétricos, os híbridos e os híbridos plug-in:
- Carro elétrico: apenas um motor com funcionamento 100% vindo da bateria que armazena eletricidade. É recarregado com fontes externas, como eletropostos e Wallboxes particulares
- Carro híbrido: dois motores, um à combustão que pode ser abastecido por combustíveis, e um elétrico que é recarregado com a conversão da energia cinética das frenagens em energia elétrica. O carro utiliza o sistema elétrico em velocidades menores para gerar uma economia de combustíveis
- Carro híbrido plug-in: dois motores, um à combustão que pode ser abastecido por combustíveis, e um elétrico que pode ser recarregado com a frenagem regenerativa ou por fontes externas. O motorista pode escolher qual sistema utilizar, ou o veículo altera o sistema quando a carga elétrica acaba
Como carregar um carro elétrico
Em suma, existem duas maneiras principais de carregar um carro elétrico: o carregamento por corrente alternada (CA) e o carregamento por corrente contínua (CC).
O carregamento por CA é o que pode ser feito dentro de casa, por meio da instalação de uma Wallbox, ou em locais compartilhados semipúblicos, como o estacionamento de um condomínio ou de um local de trabalho.
O carregamento por CC é aquele feito nos eletropostos. Ele é bem mais rápido do que o carregamento por CA, mas também é um pouco mais caro, pois o preço depende de quem está oferecendo o serviço.
Para quem possui um carro elétrico e mora em uma casa, então, a melhor alternativa é comprar e instalar uma Wallbox.
O processo exige a criação de uma instalação elétrica alternativa em casa, para não sobrecarregar a rede. Mas, a partir do momento em que essa instalação é feita, o motorista terá toda a comodidade de carregar o carro quando e como bem entender.
Quanto tempo demora para carregar um carro elétrico?
O tempo de carregamento depende de vários fatores:
- A potência do carregador
- A potência suportada pela bateria do carro
- A capacidade da bateria do carro em kWh
- O tipo de cabo utilizado
- A rede elétrica da residência
- O estado da bateria do carro
Já o preço para carregar um carro elétrico depende do valor cobrado pelo kWh no local da residência. No Brasil, a variação de valores para carregar um carro médio, com bateria de 65 kWh, vai de R$38 em Santa Catarina até R$62 no Pará.
Todos os detalhes sobre o processo de carregamento dos veículos elétricos estão no nosso guia completo de como carregar um carro.
Qual a autonomia dos carros elétricos
A forma mais confiável de saber a autonomia dos carros elétricos é por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, medido pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
A tabela mais recente da PBEV foi divulgada em março de 2024 e conta com 99 versões de veículos elétricos. Preparamos uma tabela com todas as autonomias reconhecidas pelo instituto:
Marca | Modelo | Autonomia |
BYD | Dolphin Mini | 280 |
Caoa Chery | ICar EQ1 | 198 |
Fiat | 500E | 227 |
JAC | e-JS1 | 181 |
Renault | E-Kwid | 185 |
MINI | Cooper S Eletric | 161 |
Peugeot | E-208 | 220 |
BYD | Dolphin GS 180EV | 291 |
BYD | Plus 310EV | 330 |
Chevrolet | Bolt LT | 390 |
Chevrolet | Bolt Premier | 390 |
Chevrolet | Bolt EUV Premier | 377 |
GWM | Ora 03 GT BEV63 | 319 |
GWM | Ora 03 Skin BEV48 | 232 |
Hyundai | Kona EV | 252 |
JAC | e-JS4 | 307 |
Peugeot | E208 GT | 234 |
Renault | Zoe | 254 |
Renault | Mégane E-Tech | 337 |
Volvo | EX30 E40 Core | 250 |
Volvo | EX30 E60 (todas as versões) | 338 |
BMW | iX1 | 303 |
BYD | D1 | 258 |
Nissan | Leaf | 192 |
Volvo | C40 8 e P8 | 353 |
Volvo | C40 6 | 385 |
VW | ID.4 | 370 |
AUDI | Q8 e-tron Sportback 55 | 362 |
AUDI | Q8 e-tron 55 | 357 |
AUDI | e-tron GT | 308 |
AUDI | RS e-tron GT | 313 |
AUDI | S!8 e-tron Sportback | 307 |
BMW | iX3 | 381 |
BMW | IX xDrive 40 | 327 |
BMW | IX xDrive 50 | 528 |
BMW | i4 40 | 422 |
BMW | i4 M50 | 335 |
BMW | i7 | 479 |
BMW | i4 eDrive35 | 339 |
BMW | iX | 431 |
BMW | i5 | 392 |
BYD | HAN | 349 |
BYD | SEAL | 372 |
JAC | e-J7 | 263 |
Jaguar | I-Pace | 362 |
Mercedes-Benz | EQE 300 | 369 |
Mercedes-Benz | EQA 250 | 304 |
Mercedes-Benz | EQB 250 | 291 |
Mercedes-Benz | EQC400 4M | 271 |
Mercedes-Benz | AMG EQS 53 4M | 373 |
Mercedes-Benz | EQS 450 | 411 |
Mercedes-Benz | EQE300 | 367 |
Mercedes-Benz | AMG EQE53 | 338 |
Mercedes-Benz | EQB 350 4M | 272 |
VW | ID.Buzz | 337 |
BYD | TAN | 309 |
BYD | Yuan Plus | 294 |
Donfeng | Seres 3 | 206 |
Volvo | XC40 (6 e P6) | 367 |
Volvo | XC40 (8, P8 e PE) | 348 |
BYD | ET3 | 170 |
Citroen | E-Jumpy | 289 |
Fiat | E-Scudo | 289 |
JAC | EJV5.5 | 260 |
Peugeot | E-Expert | 289 |
Renault | Kangoo | 210 |
Renault | E-Kwid Cargo | 185 |
JAC | IEV330P | 226 |
Porsche | Taycan 4S | 241 |
Porsche | Taycan Turbo | 281 |
Porsche | Taycan Turbo S | 278 |
Porsche | Taycan 4CT | 273 |
Porsche | Taycan | 286 |
Porsche | Taycan 4GTS | 318 |
Porsche | Taycan 4S CT | 300 |
Vale lembrar que, em média, um veículo elétrico perde 2,3% da autonomia da bateria em um ano. Isso pode variar para mais ou para menos de acordo com a quilometragem rodada com o carro.
Legislação para carros elétricos no Brasil
Considerando a importância da mobilidade elétrica para um futuro sustentável e a necessidade de substituir os combustíveis de fontes não renováveis, como o petróleo, existem vários projetos de lei e medidas em tramitação no Brasil para incentivar o uso de veículos elétricos.
O principal deles é o Projeto de Lei 2156/21, que trata de diretrizes para a mobilidade elétrica no Brasil e já foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados em setembro de 2023.
O PL ainda tramitará pela Comissão de Viação e Transportes e pela Constituição de Justiça e Cidadania, além da regulamentação pelo Poder Executivo.
Entre as principais medidas do PL 2156/21, estão:
- Facilitação da conversão de veículos com motor à combustão em elétricos
- Incentivos financeiros para aquisição de veículos elétricos, principalmente por meio de isenções fiscais que promovam redução no preço dos carros
- Ampliação da rede de postos de carregamento públicos por todo o país
- Medidas que promovem e facilitam a comercialização de eletricidade para incentivar o carregamento dos veículos
Além da legislação nacional, alguns estados já contam com práticas de incentivo ao uso de veículos elétricos. Um dos exemplos é São Paulo, que dá créditos financeiros aos donos de carros elétricos que podem ser resgatados para a conta bancária ou utilizados no pagamento do IPTU.
Principais modelos de carros elétricos no Brasil
De acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do INMETRO, em março de 2024 o Brasil contava com 99 versões de carros elétricos no mercado. Este número considera apenas os veículos totalmente elétricos, excluindo os híbridos e os híbridos plug-in.
Considerando todas as versões de modelos eletrificados, são 302, sendo 99 elétricos, 71 Plug-In (VEHP) e 132 híbridos.
Para apresentar um panorama mais preciso dos principais modelos de carros elétricos no Brasil, utilizaremos os dados de vendas do primeiro trimestre de 2024.
As montadoras com o maior número de vendas de eletrificados foram:
- 1° – BYD – 14.939 veículos emplacados
- 2° – GWM – 5.735 veículos emplacados
- 3° – Toyota – 5.049 veículos emplacados
- 4° – CAOA Chery – 2.127 veículos emplacados
- 5° – Volvo – 1.606 veículos emplacados
Os carros elétricos mais vendidos do Brasil
Considerando apenas os veículos elétricos, e não todos os eletrificados, estes foram os modelos mais vendidos do Brasil no primeiro trimestre de 2024:
Modelo | Número de vendas | Bateria | Autonomia |
BYD Dolphin | 5.334 | 44,9 kWh | 291 Km |
BYD Dolphin Mini | 2494 | 38 kWh | 280 Km |
GMW Ora 03 | 1892 | 63 kWh | 232 Km (Skin) e 319 Km (GT) |
BYD Seal | 1417 | 82 kWh | 372 Km |
BYD Yuan Plus | 724 | 60,5 kWh | 294 Km |
JAC e-JS1 | 444 | 41 kWh | 181 Km |
Volvo XC40 | 357 | 69 a 82 kWh | 367 Km (6 e P6) e 348 Km (8, P8 e PE) |
Peugeot E-2008 | 339 | 50 kWh | 220 Km |
Volvo C40 | 239 | 69 a 78 kWh | 353 Km (8 e P8) e 385 Km (6) |
Renault Kwid E-Tech | 178 | 26,8 kWh | 185 Km |
Qual é o carro elétrico mais barato do Brasil?
Considerando dados de março de 2024, os carros elétricos mais baratos no Brasil são:
- 1 – Renault Kwid E-Tech – R$99.990
- 2 – BYD Dolphin Mini – R$115.800
- 3 – CAOA Chery iCar – R$119.990
- 4- JAC E-JS1 – R$126.900
- 5 – BYD Dolphin – R$149.800
- 6 – GWM Ora 03 – R$150.000
- 7 – Hyundai Kona Electric – R$189.990
- 8 – Seres 3 – R$199.990
- 9 – Fiat 500e – R$214.990
- 10 – BYD Yuan Plus – R$229.800
Ou seja, entre os 10 carros elétricos mais baratos do Brasil, 6 também estão na lista dos 10 mais vendidos.
Vale a pena ter carros elétricos no Brasil?
Como você viu, um carro elétrico traz muitas vantagens e o número de benefícios deve aumentar conforme o mercado fica mais aquecido, pois a concorrência entre as montadoras já está causando uma redução no preço de vários modelos.
Além disso, em breve deverão ser sancionadas leis que trarão ainda mais incentivos financeiros aos proprietários de veículos elétricos, à exemplo do que já ocorre em alguns estados, como São Paulo.
Mais do que tudo o que falamos, você deve considerar as suas necessidades como motorista: quantos quilômetros você roda por dia, quantas viagens grandes costuma fazer e quanto está disposto a investir nessa novidade.
Vale lembrar que os carros elétricos no Brasil são ainda mais benéficos a quem reside em casas, já que isso permite a compra e a instalação de carregadores Wallboxes que geram muito mais economia, praticidade e independência.